Amado na Alemanha pelo conjunto da obra, Franz Beckenbauer teve seu momento de “traidor” em seu país.
É o que relatou em 2006, em artigo no Atlantic Times, periódico germânico em língua inglesa, o jornalista Torsten Körner, autor da biografia do Kaiser, disponível apenas em alemão.
Não foi compreendida a decisão do ídolo de emigrar para os EUA para jogar no New York Cosmos. “Como pode o melhor jogador alemão de todos os tempos optar pela ‘Liga do Mickey Mouse'”, questionou-se à época.
Beckenbauer morreu nesta segunda-feira (8), aos 78 anos.
Nos EUA, jogou ao lado de Pelé –a quem considerava um amigo– em um time que também tinha o italiano Giorgio Chinaglia e o brasileiro Carlos Alberto Torres. Beckenbauer descreve esse período como “o melhor de sua vida”.
Depois de enriquecer na “terra da liberdade”, onde também soube curtir a vida de popstar, frequentando a badalada vida noturna nova-iorquina, o Kaiser conseguiu, no retorno à Europa, reconquistar a admiração de seus compatriotas.
Seleção das Copas
Em 2002, a Fifa divulgou o seu Time dos Sonhos das Copas do Mundo, e Beckenbauer está entre os 11.
Em uma formação 3-4-3, superofensiva, assim ficou o escrete:
- Iashin (URSS);
- Beckenbauer, Maldini (Itália) e Roberto Carlos (Brasil);
- Zidane (França), Baggio (Itália), Platini (França) e Maradona (Argentina);
- Romário (Brasil), Cruyff (Holanda) e Pelé (Brasil)
Quem elegeu os melhores jogadores de todos os tempos em Copas foram os internautas, através do site oficial da entidade máxima do futebol: houve mais de 1,5 milhão de votos em todo o planeta –Maradona foi o mais votado, seguido por Pelé.