Aquecimento da economia americana seguirá ecoando nos mercados na próxima semana | AGENDA

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O mercado foi fortemente surpreendido pela exuberância do mercado de trabalho dos Estados Unidos e os impactos desse ambiente em que a economia americana não desacelera devem continuar a ser sentidos na semana que vai dos dias 5 a 9 de fevereiro.

Com uma criação de empregos muito acima do esperado, queda do desemprego e aumento surpreendente dos salários, o mercado de trabalho americano colocou em dúvida a tese de que os juros podem cair logo nos EUA.

E, apesar de uma agenda de indicadores esvaziada lá fora na próxima semana, os dirigentes do Federal Reserve, o banco central americano, devem ganhar protagonismo com suas avaliações sobre para onde vão os juros nos EUA.

Já na segunda-feira é esperado um discurso de Raphael Bostic, da distrital de Atlanta. O principal destaque, porém, será a participação da diretora Adriana Kugler, na quarta-feira, dia 7, em evento do Instituto Brookings onde o tema é a perspectiva para a política monetária e a economia.

O tema dos juros não deve ficar circunscrito aos EUA. No Brasil, a semana também pode reservar debates sobre a queda da Selic, após a taxa ter sido cortada para 11,25% na última quarta-feira. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil praticamente manteve o mesmo texto do comunicado de dezembro e, por isso, economistas do mercado aguardam a divulgação da ata da reunião, na próxima terça-feira, dia 6, para avaliar as discussões do colegiado sobre a economia brasileira.

O Copom continuou a reconhecer uma melhora na dinâmica da inflação e dos núcleos, ao dizer que caminham para a meta de 3%. No entanto, a evolução dos preços deve continuar no radar dos participantes do mercado. A prévia da inflação de janeiro mostrou números mais salgados que o esperado nos preços de serviços e, assim, na próxima quinta-feira, dia 8, os números do IPCA de janeiro serão monitorados com atenção.

Para quem não acompanhou os eventos da semana passada, aqui vai um resumo: o último ciclo de notícias foi intenso. Na quarta-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, mostrou otimismo com o controle da inflação, mas reforçou sua preocupação com o mercado de trabalho e a forte atividade econômica.

Esse temor foi reforçado na sexta-feira pelos dados de emprego, que surpreenderam o mercado. Assim, as chances de um corte nos juros nos EUA já em março foram derrubadas pelo mercado para menos de 25%. Os ativos locais, claro, sofreram os impactos da dinâmica externa.

A bolsa brasileira começou a semana em queda, chegou a reverter o movimento, mas a força da economia americana jogou um balde de água fria em quem esperava juros mais baixos nos EUA, o que derrubou o Ibovespa na sexta-feira.

O mesmo sentimento foi visto no câmbio, que rondou a estabilidade até o meio da semana, mas, na sexta-feira, cedeu espaço à reprecificação externa, com alta forte do dólar.

Os juros futuros, por sua vez, iniciaram a semana em alta, às vésperas do Fed e do Copom, chegaram a cair um pouco, mas ganharam tração na sexta-feira, também por conta dos dados americanos.

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