Agenda: Com Fed e Copom, bancos centrais devem dominar as atenções entre os dias 18 e 22 de março
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Os bancos centrais e as decisões de juros vão dominar a agenda da próxima semana, entre os dias 18 e 22 de março. A quarta-feira, dia 20, será um dia especial por causa das reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Esses encontros serão muito aguardados devido ao contexto de economias ainda muito resilientes e de surpresas inflacionárias. Na madrugada de segunda para terça-feira tem notícia importante que vai vir lá do Japão. O Banco do Japão se reúne e há grande expectativa entre os agentes do mercado para uma possível elevação nos juros. O Japão é o único país que ainda mantém juros negativos no mundo. Se, de fato, o banco central aumentar a taxa de depósito, que hoje está em -0,1%, será o primeiro movimento nos juros desde 2016 e a primeira elevação desde 2007. E esse movimento é relevante, já que muitos agentes do mercado costumam aproveitar as taxas negativas do Japão para estratégias de diferencial de juros e de funding. Na quarta-feira, dia 20, o Federal Reserve, banco central americano, é quem deve concentrar as atenções dos investidores. Na última semana, os dados de inflação bem mais fortes que o esperado nos Estados Unidos levaram o mercado a colocar dúvidas adicionais sobre quando o Fed começará a cortar os juros. O consenso ainda aponta para junho, mas, na quarta-feira, as projeções dos dirigentes do Fed para a trajetória dos juros e da inflação serão determinantes. Na mesma quarta-feira, só aqui no Brasil será a vez do Copom. Embora seja amplamente esperada uma redução de 0,5 ponto na Selic, é na comunicação que o mercado vai se atentar para saber se o plano de voo do Banco Central contempla pelo menos mais um ou mais dois cortes de juros de 0,5 ponto ou não. O mercado está bem dividido e isso se acentuou após diversos indicadores de atividade econômica com desempenho mais forte na última semana. Por exemplo, vendas no varejo, geração de empregos formais, volume de serviços prestados e os dados de inflação de serviços estão mais pressionados. Na quinta-feira, dia 21 de março, após o Fed, uma sequência de decisões de juros deve tomar conta do noticiário, com Suíça, Inglaterra, Turquia, México e Noruega como destaques. Na sexta-feira, Rússia e Colômbia fecham a agenda.

