Rui Costa diz não ver motivos para “polêmica” de dividendos da Petrobras

Rui Costa diz não ver motivos para “polêmica” de dividendos da Petrobras


Ministro da Casa Civil afirma que regra de reter dividendos extraordinários foi negociada e aprovada pelo conselho da estatal.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Rui Costa, da Casa Civil, saiu em defesa do governo e da Petrobras nesta terça (12) após a estatal anunciar que não deve pagar dividendos extraordinários sobre o lucro, o que frustrou o mercado financeiro e a fez perder R$ 55,3 bilhões em valor de mercado.

A queda na valorização da estatal foi seguida de uma reunião na segunda (11) em que participaram ele próprio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). Lula disse que há uma “choradeira do mercado” por causa disso, e que a empresa não deve “pensar só nos acionistas”.

Rui Costa afirmou que a decisão de não pagar os
dividendos extraordinários foi negociada e aprovada com os acionistas, e que
não vê problema algum nisso.

“Foi definida uma regra para a corporação, a governança, foi cumprida essa regra, onde é que está o problema? Eu de fato tenho dificuldade em entender às vezes. O mercado não é isso que quer, que se anuncie uma regra e cumpra essa regra? A regra foi anunciada, foi cumprida, tá dentro da lei, dentro do estatuto da empresa, das normas de governança, aonde que está o problema”, questionou no final da manhã após uma cerimônia no Palácio do Planalto.

Costa disse ainda não ver motivo para essa “polêmica”
que fez o valor de mercado da Petrobras despencar e gerar desconfiança dos
investidores por uma possível interferência do governo. Um pouco mais cedo, a
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um convite para que
Prates explique a questão dos dividendos e ingerência de Lula na empresa.

O ministro afirmou, ainda, que mais conselheiros podem ser trocados na empresa, a exemplo do pedido que Lula fez para que uma das seis cadeiras que o governo tem na estatal seja ocupada pelo Ministério da Fazenda. A expectativa é de que o secretário-executivo-adjunto da pasta, Rafael Dubeux, seja indicado.



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