A recente interdição de 80 unidades de conservação no estado de São Paulo, anunciada no domingo (1°) pela Fundação Florestal, e valendo por 12 dias no mínimo, adiou em pelo menos mais um mês a implantação de acampamentos em alguns desses espaços, que estavam sendo preparados para atender a uma demanda frequente dos frequentadores.
“Estamos vivendo uma seca inédita desde maio”, explica o diretor-executivo da Fundação, Rodrigo Levkovicz, um dos participantes da sala de crise montada pelo governo do estado para monitorar e enfrentar os incêndios que se alastram pelos diversos biomas. As áreas protegidas, segundo o executivo, recebem anualmente entre 1 milhão e 1,2 milhão de visitantes, o que abre um perigoso espaço para acidentes variados.
A seleção das unidades que permanecerão fechadas até nova avaliação das circunstâncias climáticas foi feita a partir de uma análise da topografia e do entorno de cada uma. Assim, se o parque estadual Caminhos do Mar continua aberto, por ser uma área íngreme de pouco risco de incêndios, na mesma Mata Atlântica os parques Serra do Mar dos núcleos Cunha e Santa Virgínia foram totalmente fechados, assim como os parques do Juqueri e do Jaraguá. Na Mantiqueira, unidades como Pedra do Baú e Pedra Grande, também foram incluídas por excesso de demanda.
“Cada caso foi analisado cuidadosamente com o histórico dessas áreas e sua proximidade com estradas e aglomerações urbanas”, conta Levkovicz, relatando de forma mais educada o fato de que o alto número de visitantes e o risco de uma bituca de cigarro jogada despreocupadamente no chão vêm juntos, infelizmente.
Não custa lembrar aos que gostam de infringir as regras e burlar as proibições de acessos a áreas protegidas (que são infelizmente um bom número dos autodenominados montanhistas raiz) que a invasão desses perímetros protegidos é crime ambiental e como tal será enquadrado.
“Estamos trabalhando para conscientizar a sociedade da importância de tomarmos todas as precauções”, ressalta Levkovicz. “E insistimos para que se tome o máximo cuidado com bitucas de cigarros, queimas de lixo e produção de faíscas em áreas de risco, que estamos monitorando com drones e aumento do número de fiscais ambientais”, acrescenta.
Quem tiver comprado ingresso ou pacote para alguma atividade nas unidades abaixo citadas, afirma Levkovicz, poderá pedir ressarcimento do valor desembolsado ou, se preferir, remarcar para alguma data mais à frente, a combinar, claro, com a vida real.
Confira aqui a lista de unidades fechadas até 12 de setembro
Arie Leopoldo Magno Coutinho
EE Angatuba
EE Assis
EE Avaré
EE Bananal
EE Barreiro Rico
EE Bauru
EE Caetetus
EE Ibicatu
EE Itaberá
EE Itapeti
EE Itapeva
EE Itirapina
EE Jataí
EE Marília
EE Mata do Jacaré (São Carlos)
EE Mogi-Guaçu
EE Paranapanema
EE Paulo de Faria
EE Ribeirão Preto
EE Santa Bárbara
EE Santa Maria
EE Valinhos
EEX Araraquara
EEx Bauru
EEX Bento Quirino
EEX Buri
EEX Casa Branca
EEX Itapetininga
EEX Itapeva
EEX Itararé
EEX Itirapina
EEX Jaú
EEX Luiz Antônio
EEX Mogi Mirim
EEX Mogi-Guaçu
EEX Paraguaçu Paulista
EEX Santa Rita do Passa Quatro
EEx São José do Rio Preto
EEX São Simão
EEX Tupi
FE Assis
FE Guarulhos
FE Noroeste Paulista
FE Pederneiras
FE Santa Bárbara
FE Serra D’Água
Feena
Floresta de Angatuba
Floresta de Avaré I
Floresta de Avaré II
Floresta de Batatais
Floresta de Bebedouro
Floresta de Botucatu
Floresta de Cajuru
Floresta de Manduri
Floresta de Paranapanema
Floresta de Piraju
Mona Mantiqueira
Mona Pedra do Baú
Mona Pedra Grande
PE Aguapeí
PE Águas da Billings
PE Águas da Prata
PE ARA
PE Campos do Jordão
PE Furnas do Bom Jesus
PE Itaberaba
PE Itapetinga
PE Jaraguá
PE Juquery
PE Mananciais Campos do Jordão
PE Morro do Diabo
PE Porto Ferreira
PE Rio do Peixe
PE Serra do Mar – Núcleo Cunha
PE Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia
PE Vassununga
ReBio Mogi-Guaçu
RVS Aimorés