A primeira crise de Lewandowski |POLÍTICA NA SEMANA

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A fuga de dois prisioneiros ligados a uma facção criminosa do presídio de segurança máxima de Mossoró foi o fato da semana. O presídio de Mossoró faz parte da rede federal de prisões, que nunca havia registrado uma fuga, desde que foi criado em 2006. A fuga acontece em um momento delicado para o governo Lula.
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O presidente está em viagem oficial no exterior e o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski assumiu há menos de três semanas. Toda a cúpula de segurança pública portanto está sendo remontada, com capacidade diminuída para gerenciar uma crise.
A fuga de Mossoró também desvia o foco do noticiário, muito centrado nas operações policiais que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro em uma tentativa de golpe de Estado. Lewandowski afastou imediatamente toda a direção do presídio, o que sugere que o governo trabalha com a hipótese de ter havido no mínimo má gestão da unidade.
O temor por um efeito contágio é grande. Os presídios federais foram criados ainda no primeiro mandato de Lula como presidente para isolar presos de alta periculosidade e líderes de facções, o que é muito mais difícil na rede estadual de penitenciárias. Na rede federal também ficam bandidos que se tornaram colaboradores da Justiça e que teriam dia integridade física ameaçada se continuassem no sistema prisional convencional. Além de Mossoró existem outros quatro presídios federais, inclusive em Brasília.
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