Como foi o ano para os mercados e quais são as expectativas para 2024?
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O ano de 2023 começou com preocupações, mas acabou sendo positivo para os ativos brasileiros. O início do ciclo de corte de juros no Brasil e a expectativa de que os Estados Unidos comecem o processo de relaxamento monetário no ano que vem foram positivos para o mercado local.
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O Ibovespa fechou 2023 com alta acumulada de 22,28%, o maior avanço para um ano desde 2019. O índice também terminou o ano nas máximas históricas, alcançando a casa dos 134 mil pontos.
A alta das ações brasileiras acelerou nos últimos dois meses do ano, quando o mercado passou a apostar com mais força que o banco central dos Estados Unidos começaria a cortar juros já no primeiro semestre de 2024.
A mudança nas expectativas atraiu mais capital estrangeiro para as ações no Brasil.
Mesmo com a alta firme de 2023, o mercado acredita que o Ibovespa ainda tem espaço para subir em 2024. Na pesquisa realizada pelo Valor com 22 instituições financeiras, a mediana das projeções é que o índice termine 2024 com 142,6 mil pontos, o que representaria alta de 6,3% frente ao fechamento de 2023. A média das estimativas é de 144,2 mil pontos, sugerindo um avanço de 7,5%.
O real também acabou o ano com desempenho positivo. O dólar desvalorizou 8,06% frente à moeda brasileira em 2023, a maior queda anual desde 2016, e encerrou o ano cotado a R$ 4,8525.
O alto volume de exportações do Brasil e a entrada de investimento estrangeiro contribuíram para o recuo da moeda americana em comparação com a brasileira. O movimento se deu mesmo em meio à queda dos juros no Brasil.
A taxa Selic começou a cair em agosto deste ano, do pico de 13,75%, e terminou 2023 em 11,75%. Agentes econômicos projetam que os juros no Brasil continuarão caindo no ano que vem, embora haja alguma divergência sobre a intensidade dos cortes.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse recentemente em entrevista que quer entregar os juros no patamar mais baixo possível ao deixar o BC. O seu mandato na presidência da instituição termina no ano que vem.
A libertade do BC brasileiro para cortar juros também vai depender da política monetária nos Estados Unidos. Nas últimas semanas, o mercado passou a apostar com mais força que o Federal Reserve, ou Fed, começará o ciclo de relaxamento monetário já em março do ano que vem. Hoje, a taxa básica de juros nos Estados Unidos está na faixa entre 5,25% e 5,50%.

