Lula critica Nações Unidas e pede cessar-fogo entre Israel e Hamas
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou, em seu pronunciamento à imprensa no Egito, um cessar-fogo urgente na Faixa de Gaza e criticou a incapacidade das Nações Unidas para evitar esse e outros conflitos no mundo.
“Não encontro explicação sobre por que a ONU não tem força suficiente para evitar que essas guerras aconteçam”, frisou. O presidente brasileiro fez a declaração ao lado do presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, na sede do governo local.
Segundo Lula, é urgente alcançar um cessar-fogo definitivo entre Israel e Hamas, e notou que não haverá paz sem Estado Palestino convivendo lado a lado com Israel com fronteiras bem estabelecidas e respeitadas.
O presidente brasileiro lembrou que o Brasil condenou o ataque do Hamas, no início de outubro, chamando o episódio literalmente de ato terrorista. Mas Lula salientou que isso não justifica os ataques israelenses em Gaza, matando inocentes. Quase 30 mil pessoas já morreram por conta do conflito desde outubro de 2023.
Lula também agradeceu o presidente egípcio pelo empenho na repatriação de brasileiros que estavam em Gaza. Mais de 100 pessoas que estavam na zona sitiada conseguiram sair pela fronteira com o Egito.
O presidente brasileiro ainda pediu ajuda do Egito no empenho internacional pela reforma do Conselho de Segurança da ONU e outras instituições multilaterais para solucionar esse tipo de problema. “Temos que ter membros que sejam pacifistas, não os que fomentam a guerra”, disse.
O presidente brasileiro criticou Israel por ter, segundo ele, “primazia” de descumprir decisões no âmbito das Nações Unidas e reforçou ainda que os organismos internacionais precisam ter mais membros africanos e latino-americanos.
Antes da declaração, o governo brasileiro assinou com o Egito um acordo de cooperação em ciência e tecnologia e um protocolo para exportação de carnes para o Egito e recuperação de terras.
Em seu discurso, Lula considerou que um fluxo comercial de US$ 2,8 bilhões com o Egito é muito pouco para as economias e necessidades de ambos os países.

