Resumo: Ações da Petrobras sofreram um forte tombo e arrastaram Ibovespa para baixo
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O relatório de empregos dos Estados Unidos de fevereiro, o payroll, foi o principal indicador divulgado na primeira semana completa de março e guiou os mercados globais, que, ao longo da semana, esperavam com ansiedade os números. Em fevereiro, foram criadas mais vagas que o esperado, mas a taxa de desemprego subiu para 3,9%, maior nível em dois anos, e a alta dos salários foi mais tímida que as estimativas do mercado. Além disso, resultados anteriores foram revisados para baixo. Isso deu a percepção de que o mercado de trabalho americano continua em processo de desaceleração. Jerome Powell, o presidente do Fed, o banco central americano, disse na semana que passou que ainda é preciso ter mais confiança em torno dos dados sobre o retorno da inflação à meta de 2%. E isso levou o mercado a esperar com ainda mais ansiedade o payroll. Na semana que passou, entre os dias 4 e 8 de março, os mercados se comportaram bem, tanto no exterior quanto no Brasil, mas houve um descolamento forte dos ativos locais em relação aos globais na sexta-feira. Com a decisão da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários, como boa parte do mercado esperava, as ações da estatal sofreram um forte tombo na sexta-feira, o que arrastou o Ibovespa para baixo. Esse ambiente gerou um fluxo de saída de capital do país, com a venda de ações da estatal, o que afetou o câmbio e deixou o dólar em alta contra o real. Nesse sentido, a percepção de risco local voltou a atingir o humor dos participantes do mercado e deve seguir em alta na próxima semana, com os investidores atentos tanto à Petrobras quanto a possíveis falas e indicações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre gastos e revisões do arcabouço fiscal.

