Resumo dos mercados financeiros: Inflação e PIB no Brasil e nos EUA direcionaram os movimentos

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O resumo dos movimentos nos mercados na semana que passou foi o seguinte: Estava todo mundo atento ao dado de inflação e no resultado do Produto Interno Bruto de 2023. E o que aconteceu? O IPCA-15 de fevereiro surpreendeu para baixo, subindo 0,78% na comparação com o mesmo indicador de janeiro. Mas as comemorações não foram tão efusivas. Apesar de o indicador cheio vir mais baixo do que a expectativa, alguns itens preocuparam, em especial o de serviços subjacentes. Então, o mercado considerou que o dado afastou temporariamente a chance de uma revisão para cima nas estimativas para a taxa Selic ao fim do atual ciclo de cortes. Por isso, os mercados reagiram bem.Já o resultado do PIB anual e do quarto trimestre do ano passado, divulgado nesta sexta-feira, dia 01 de março, veio abaixo do que os agentes econômicos esperavam. O Produto Interno Bruto terminou o ano de 2023 com crescimento de 2,9%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas de 39 consultorias e bancos ouvidos pelo Valor, que indicava alta de 3% em 2023 ante 2022. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou hoje que o resultado do PiB veio acima do esperado. Ele disse ainda que o país está começando o ano com juros muito acima do que gostaríamos, mas 2,5 pp abaixo do começo do ano passado. E o que o mercado achou? A maior parte do mercado interpretou que a divulgação do PIB não deve causar mudanças nas projeções para a taxa Selic.Com relação ao exterior, teve a divulgação da inflação americana medida pelo PCE de janeiro. O índice cheio subiu 0,3% ante dezembro e o núcleo, que exclui alimentos e energia, subiu 0,4%.O resultado veio em linha com as expectativas dos seus agentes econômicos. E isso foi bom, porque esse é o indicador mais observado pelo banco central americano para balizar a trajetória da inflação por lá. Então, o que aconteceu? Inicialmente os agentes afastaram as preocupações de que o início dos cortes de juros fosse demorar ainda mais do que se precifica hoje. Agora, as apostas principais são que as taxas americanas começam a cair em junho. Também teve divulgação do PIB americano do quarto trimestre de 2023. O resultado foi uma alta de 3,2% em taxa anualizada, um pouco abaixo do consenso do mercado, de avanço de 3,3%. A diferença, porém, não foi suficiente para que agentes mudassem suas projeções para a economia do país. E como tudo isso afetou os mercados aqui: Vamos olhar os dados dos mercados de câmbio, juros e capitais, olha lá: O dólar comercial começou a semana em queda com a expectativa por dados e com a entrada de capital estrangeiro no país. No entanto, a moeda teve correção nos dias seguintes, acompanhando o desempenho global da moeda americana. Os juros futuros oscilaram durante a semana, acompanhando os dados americanos e brasileiros.O Ibovespa começou a semana no campo positivo, mas em seguida recuou com as perdas da Petrobras e de outras ações com peso no índice.