Vídeo: Lula diz que Brasil correu um “sério risco” de sofrer um golpe de Estado

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Veja trechos da fala do presidente na reunião ministerial no Palácio do Planalto que aconteceu hoje. Leia a matéria completa no Valor Econômico: https://valor.globo.com/politica/noticia/2024/03/18/brasil-correu-um-serio-risco-de-sofrer-um-golpe-de-estado-diz-lula.ghtml

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (18), em reunião ministerial no Palácio do Planalto, que o Brasil correu “sério risco” de sofrer um golpe de Estado. E afirmou que isso não aconteceu, em parte, porque seu antecessor, Jair Bolsonaro, era um “covardão” que preferiu “fugir para os Estados Unidos do que fazer o que tinha prometido.

Em sua fala, Lula afirmou que o “governo anterior nunca se preocupou em governar o país” e o ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado, “se preocupava em estimular o ódio neste país”. Ele também rebateu as acusações de que os processos contra Bolsonaro e seu entorno, que estão a cargo do Supremo Tribunal Federal (STF), sejam antidemocráticos.

“A gente tem clareza do que aconteceu no 8 de janeiro porque a gente sabe o que aconteceu em dezembro. Hoje a gente tem clareza por depoimentos de gente que fazia parte do governo dele ou que estava no comando das Forças Armadas e foi convidada para fazer o golpe. Hoje nós temos certeza de que este país correu sério risco de correr um golpe por conta das eleições de 2022”, disse Lula.

“Não teve golpe não só porque algumas pessoas que estavam no comando das Forças Armadas não quiseram fazer. Mas também porque o presidente era um covardão. Ele ficou dentro de casa chorando quase um mês e preferiu fugir para os EUA do que fazer o que tinha prometido, na expectativa de que fora do país o golpe poderia acontecer porque eles financiaram as pessoas nos quartéis para estimular a sequência do golpe. Como não deu certo, agora eles estão dizendo que nós estamos ferindo a democracia.”

Segundo Lula, “por pouco a gente não voltou aos tempos tenebrosos neste país, em que, com a participação de alguns militares, poderiam ganhar o poder”.

Lula afirmou ainda que consolidar a democracia no país significa cuidar do povo mais pobre. E ressaltou que essa é uma marca de sua vida sindical e política que ele diz ter levado a cabo nos dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2010, e que voltou ao poder “para fazer isso outra vez”.
Por Fabio Murakawa