Alcolumbre quer investigação da PF e do MP sobre incêndio que gerou apagão no Amapá
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), irá pedir à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que investiguem as causas de incêndio em subestação de energia que deixou o Amapá sem energia por mais de uma semana, informou nota da assessoria de imprensa da Presidência do Senado nesta quinta-feira.
De acordo com a nota, laudo preliminar da Polícia Civil aponta que o fogo não foi provocado por um raio, contrariando informações anteriores.
“O pedido do presidente do Senado visa esclarecer o que aconteceu e estabelecer a verdade dos fatos”, diz a nota.
Desde o dia 3 sem fornecimento de energia regular, após um incêndio na subestação de energia do Estado, a população do Amapá enfrenta clima tenso, com protestos e alta no preço de itens básicos, às vésperas das eleições municipais.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, decidiu adiar a realização da eleição municipal em Macapá, capital do Amapá, até que o restabelecimento da energia elétrica no Estado seja completo.
A decisão foi tomada após consultas à PF, à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e ao Estado-Maior da Brigada da Foz, em Macapá, e o consenso é de que não há condições para realização das eleições. Segundo os órgãos de segurança, a instabilidade no fornecimento de energia tem causado aumento da criminalidade e de riscos de convulsão social.
O governo federal enviou geradores, mas apenas depois de quatro dias de apagão completo em 13 dos 16 municípios do Estado.
Neste momento, a energia foi retomada em 80% do Estado mas de forma intermitente, por algumas horas do dia, e em sistema de rodízio entre municípios e bairros de Macapá.
A previsão do Ministério de Minas e Energia é que a situação se normalize até a próxima segunda-feira.
Alcolumbre tem se envolvido diretamente na discussão de uma solução para o problema. No domingo, avisou que exigiria junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) investigação rigorosa e responsabilização da subsidiária responsável, defendendo que a Eletronorte assuma o comando da subestação no Amapá.
Reportagem de Maria Carolina Marcello
Fonte: Reuters