Cerco se fecha contra Bolsonaro | POLÍTICA NA SEMANA

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A semana foi marcada pelo fechamento do cerco a Bolsonaro. O ex-presidente foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, desdobramento da delação do coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro.
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O que está sendo investigado é uma conspiração para um golpe de Estado em 2022, com a participação de militares da ativa, para anular o resultado da eleição presidencial ganha por Lula. Bolsonaro teve que entregar o passaporte, enquanto investigadores tiveram acesso a vídeos da época que deixam claro o seu propósito golpista.
O presidente está ainda proibido de manter contato com outros investigados, inclusive com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Valdemar, aliás, está preso sem direito a fiança, por ter sido encontrado com uma arma sem registro e uma pepita de ouro.
A investigação conduzida por Alexandre Moraes ainda tinha como alvo quatro generais e 1 almirante, sendo um deles da ativa à época em que os fatos se desenrolaram. Isso nunca aconteceu em tempos democráticos. O caráter inédito da investigação mostra o grau de ameaça que a democracia brasileira sofreu. Há indícios de que o grupo de conspiradores passou a monitorar Moraes, e não há certeza sobre se o monitoramento acabou.
Acuados, os aliados do ex-presidente ainda não conseguiram articular uma reação às operações. Tanto na Câmara quanto no Senado, a estratégia tem sido questionar a isenção de Moraes para comandar as investigações.
O cerco a Bolsonaro é o terceiro lance de uma ofensiva nos últimos dias, que antes começou com uma operação contra um deputado de sua base e depois desvendou um esquema de arapongagem na Abin durante o seu governo. Em um tuite premonitória, Bolsonaro escreveu no dia 24 de janeiro que se preparava para semanas difíceis a sua frente. Ou seja ou Bolsonaro tem habilidades paranormais de pressentir o futuro, ou tem uma grande capacidade de antever cenários, ou teve informação privilegiada do que estava por vir.